Interface
Deixando agora a Bixby de lado e falando do sistema operacional propriamente dito no S8, aqui vale o que nós dissemos na análise do S8+. A TouchWiz da Samsung ficou bem mais leve e ágil com a interface Samsung Experience, que tem um funcionamento bem mais próximo do Android puro. Mesmo assim, ainda há bastante customização por parte da empresa coreana, então dá para agradar tanto quem é fã da Samsung quanto quem não curte muito a modificação.
Uma coisa legal é que agora a Samsung deixa você desinstalar alguns apps dela ou trocar a ordem dos botões de navegação. Outra coisa que eu curti é a forma discreta como o sistema mostra as notificações de mensagens recebidas. Por outro lado, ainda tem algumas pequenas coisas que me incomodaram, como as bolinhas vermelhas de notificação no ícone dos apps, que em alguns casos se recusam a sumir mesmo quando você já abriu todas as mensagens.
Desempenho
Sobre o desempenho, os resultados foram praticamente idênticos aos que vimos no S8+, até porque o S8 que recebemos tem as mesmas especificações que o modelo maior tinha na época. Desde então, o S8+ ganhou uma versão melhorada, com 6 GB de RAM e 128 GB de espaço interno, mas o S8 menor continua tendo apenas o modelo com o chipset Exynos 8895 Octa, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento – e foi esse que testamos agora.
Mesmo com um processador um pouco mais fraco que o Snapdragon 835, o S8 consegue tirar de letra todas as tarefas que você quiser. Abrir e fechar apps, trocar de um aplicativo para outro e reiniciar o celular são coisas que ele faz muito rapidamente. O desempenho é liso mesmo nos jogos mais exigentes. Tudo isso é bem o que esperaríamos de um smartphone top de linha. E é possível expandir o armazenamento usando um cartão micro SD.
Indo para o design, não tem como não elogiar o trabalho da Samsung. O conceito do Infinity Display deixa a frente do S8 com um visual realmente bonito. A forma esticada da tela e as curvaturas nas laterais deixam o aparelho charmoso e ajudam a fazer um display maior caber em um corpo mais estreito, que não é nada difícil de segurar com uma mão só.
A traseira do dispositivo também segue a mesma linha cheia de curvas, e isso ajuda o aparelho a se encaixar muito bem na mão. O lado ruim disso é que o Galaxy S8 ganhou fama de ser um dos aparelhos mais frágeis que existem. No nosso caso, já deu para ver um risquinho na tela mesmo sem deixar o celular cair. Além disso, o fato de o aparelho ser todo liso e bem escorregadio não ajuda muito.
O painel é Super AMOLED e tem 5,8 polegadas, mas se encaixa em um corpo que poderia muito bem ser de um celular de 5,2 polegadas. A resolução da tela é o Quad HD+, que é uma variação do 2K para a proporção de 18,5:9. No entanto, é possível acessar reduzir a resolução para Full HD+ ou HD+, o que ajuda a reduzir o consumo da bateria – vou dar detalhes sobre isso mais abaixo.
O nível de contraste e a reprodução de cores do Galaxy S8 são excelentes e fazem a experiência de uso ser muito boa. Além disso, o brilho máximo da tela é um dos mais intensos que eu já vi em um celular – é tão forte que o aparelho alerta que olhar para a tela com o brilho no máximo por tempo demais pode acabar causando problemas de visão.
Câmeras
Você já deve estar cansado de saber que o S8 tem uma das melhores câmeras entre os smartphones atuais, mesmo sem ter um sistema duplo na traseira. O sensor de trás tem 12 MP, mas a abertura de 1.7 ajuda a entrar bastante luz, e o foco automático é tão rápido que os cliques sem flash são instantâneos. O resultado são fotos muito boas em todas as condições, seja de dia, de noite ou à meia-luz.
O software vem com modo manual e também com a função de Foco Seletivo, que desfoca partes das imagens e deixa você escolher qual parte quer deixar destacada mesmo depois que a imagem já tiver sido salva. O resultado nem sempre sai legal, então é uma boa ideia tirar várias fotos seguidas nessa função e só depois escolher uma delas. Dessa forma, é possível fazer retratos bem bonitos
A câmera frontal de 8 MP também faz um ótimo trabalho, com selfies boas em lugares claros e até razoáveis no escuro. Por mais que o dispositivo não tenha flash LED frontal, a tela quebra o galho e faz esse papel caso você deseje. Por fim, os vídeos em 4K saem legais e a estabilização de imagens da Samsung ajuda bastante na hora de eliminar as tremidas mais leves.
Bateria
Indo agora para a bateria, o Galaxy S8 consegue fazer um bom trabalho com os seus 3 mil mAh. No nosso teste de stress, com reprodução contínua de um vídeo no YouTube por uma hora com o brilho da tela no máximo, o ritmo do consumo de energia do S8 seria o suficiente para o aparelho durar 9 horas e cinco minutos fora da tomada. Esse número não é dos melhores que vimos por aqui, mas também não é nada mau. E esse resultado foi com a tela na resolução Quad HD Plus.
É possível fazer a bateria do S8 durar mais reduzindo a resolução da tela
Lembra que eu falei mais para cima que o S8 deixa você reduzir a resolução da tela e que isso pode afetar a bateria? Eu refiz o teste de stress, reduzindo a resolução da tela do S8 para Full HD+ e depois para HD+. Entre o resultado original e segundo, a economia foi praticamente inexistente e os números não fizeram nenhuma diferença notável. No entanto, quando baixei a resolução para HD+, o tempo de que o S8 aguentou rodando vídeos no YouTube subiu para exatamente 10 horas.
Ou seja, o S8 consegue aguentar bem um dia inteiro de uso comum sem ficar sem energia de qualquer forma, mas se você souber que vai precisar fazer a bateria render um pouco mais que o normal, pode colocar na resolução HD Plus para reduzir o consumo. Por fim, vale também dizer que o carregamento rápido faz a bateria do S8 levar uma hora e quarenta minutos para ir de zero a 100%.
Extras
A caixa de som do S8 tem uma qualidade de reprodução boa e consegue atingir volumes razoáveis sem distorcer os sons, mas a posição dela ingrata, na parte de baixo do aparelho. Ou seja, você vai acabar abafando o som com a mão quando for segurar o aparelho no modo paisagem. Pelo menos o celular ele vem com fones de ouvido muito bons na caixa, feitos pela AKG.
O sensor de digitais também fica em uma posição ruim: na traseira do celular, bem ao lado da câmera. Nesse lugar, é fácil você meter o dedo na lente do celular do que acertar o leitor de primeira. Essa tarefa fica bem mais fácil se você usar uma capinha, o que já seria recomendado de qualquer jeito. Em todo caso, quando você acerta a posição, a leitura da digital é instantânea e funciona muito bem.
O desbloqueio pela leitura da íris é bem legal, mas dependendo da luz do ambiente ele pode acabar demorando para funcionar, o que irrita um pouco. Além disso, há ainda o reconhecimento facial, que funciona também, mas a própria Samsung avisa que é a opção de biometria menos segura das três. Na época do nosso teste do S8+, conseguimos usar uma foto para desbloquear o aparelho com reconhecimento de face. Eu não consegui repetir isso agora, mas mesmo assim é melhor usar as digitais ou a íris, só por via das dúvidas.
Quem tiver disposto a gastar mais um pouco pode comprar a Dex Station para ter a opção de usar o S8 como um computador desktop. Nós estamos com esse acessório aqui, mas vamos fazer uma análise separada só para ele.
Fonte: TecMundo
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