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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Review Apple iPhone X


Há pouco mais de 2 meses, a Apple revelou novos smartphones que chegam para levar mais tecnologia aos fãs da marca. No anúncio, a marca mostrou dois modelos: o iPhone 8 e o iPhone X. O primeiro é apenas uma evolução do que já vimos no passado, mas o segundo é para ser o produto que a Apple tanto idealizava para revolucionar sua família de iPhones.
O iPhone X é para ser um modelo que quebra a mesmice na linha de design que a Apple vinha seguindo até agora. Na mesma tendência de aparelhos como Xiaomi Mi Mix e Samsung Galaxy S8, o novo modelo da Maçã tem um display gigantesco, que ocupa todo o espaço frontal.
Com a aposta na tecnologia OLED para a tela, a inclusão de novidades — como carregamento sem fio —, o desenvolvimento de novas formas de interação e ainda com um processador ainda mais poderoso, a Apple fez um verdadeiro rebuliço para levar inovações aos seus consumidores. Será que todas as mudanças resultam em um iPhone perfeito? Vamos conferir!


Design
Já faz alguns bons anos que a Apple não faz mudanças significativos no design do seu tão cobiçado iPhone. Do ponto de vista de fidelização da base de consumidores — bem como de produção —, faz muito sentido manter uma composição similar entre os diferentes modelos da linha.
Todavia, a estagnação em um mesmo visual pode ser um inconveniente para a conquista de novos usuários, ainda mais dado que as pessoas têm acesso a inúmeras opções de marcas e modelos. Conforme muitas fabricantes já perceberam, os usuários sempre buscam propostas mais modernas e inovadoras.
Assim, a Apple trabalhou em um design distinto, que chama atenção por inúmeros aspectos. Sabe aqueles conceitos de iPhone que apareciam por aí e já nos deixavam impressionados? Então, o iPhone X é bem mais impressionante do que muita gente imaginou. Ele chega nas cores prata ou cinza-espacial, com um acabamento impecável.

Ao pegar o aparelho pela primeira vez, você logo vai perceber que ele não tem mais botão frontal, tampouco o sensor de digitais. Só essas mudanças já são muito significativas, já que a marca propõe aqui uma experiência completamente distinta.
Não seria possível realocar esses componentes? A Apple preferiu aderir à telona que ocupa todo o espaço frontal do aparelho, de modo que não havia como mantê-los mais nesta região. Além disso, fica evidente que a marca não viu muita vantagem em levar o botão para trás, já que isso mudaria muito a interação e poderia ser um problema para o usuário.
E falando na parte traseira, ela não é muito diferente do que já vimos nos iPhone 7 Plus e iPhone 8 Plus, exceto pela posição das câmeras. Agora, os componentes de imagem ficam em uma disposição vertical. Na prática, não muda quase nada, pois eles continuam no mesmo canto, então quem já usa outros iPhones não deve ter qualquer dificuldade com essa mudança.


Como de costume, a Apple continua com o revestimento em vidro, tanto na frente quanto atrás. Isso garante uma pegada muito confortável e ajuda bastante na utilização da tela. A novidade é que o material do iPhone X é para ser o mais resistente que a Apple já criou, o que deve garantir algum reforço para os menos cuidadosos. Todavia, é importante notar que ainda não estamos falando de uma tecnologia à prova de riscos ou quebra.
As bordas contínuas nas laterais garantem uma composição muito charmosa, e os botões já comuns do iPhone seguem em suas respectivas posições. Apesar de a tela ser enorme, a implementação em todo o espaço frontal resulta em um aparelho menor, já que não há bordas ao redor do display. Assim, mesmo com o tamanho avantajado, é muito fácil segurar o iPhone X e usá-lo para quaisquer atividades.
Os alto-falantes e o conector de dados (que também serve para os fones e recarregar a bateria) não tiveram sua localização alterada, o que novamente garante familiaridade com os outros iPhones. É claro que a câmera protuberante na parte traseira ainda incomoda um bocado, porém é quase impossível fugir disso sem aumentar a espessura do aparelho, algo que a Apple com certeza não quer no seu top de linha.
Assim como os outros iPhones recentes, o modelo X vem com o certificado IP67, ou seja, ele pode tomar banhos de até 30 minutos em locais de até 1 metro de profundidade sem sofrer danos. Nos nossos testes com água corrente, não tivemos problemas, então você não deve ter medo de chuvinhas ou acidentes.

Tela OLED
Agora, é claro que toda a mágica acontece quando ligamos o iPhone X pela primeira vez e podemos ver todo o novo projeto da Apple em ação. A tela deste modelo foi muito bem pensada em todos os detalhes. Além de ser enorme, ela ocupa toda a frente e tem bordas arredondadas, o que deixa o visual muito parecido com o do Galaxy S8 ou do Mi Mix.
Apesar das semelhanças com os concorrentes, a Apple inova do seu jeito na sua linha iPhone e deve surpreender os fãs do aparelho. É importante notar que estamos falando da primeira tela com tecnologia OLED em um iPhone, uma tela que a Apple diz ter sido projetada especialmente para esse modelo.


Sim, é bem verdade que outras marcas como a Samsung e Motorola já usam esse tipo de tela faz tempo, porém a Apple alega que até agora não tinha nada que atendesse seu padrão de qualidade, motivo da demora para implantar um display desse tipo em um iPhone.
Para muitos, isso pode parecer conversa fiada, mas quando notamos os detalhes na reprodução de conteúdo neste display, fica claro que o iPhone X realmente possui uma qualidade fantástica. As cores são vibrantes, o que deixa as imagens muito mais vivas. Além disso, vale ressaltar que os tons escuros são mais profundos, o que resulta em um contraste notável.
Na prática, temos aqui um novo mundo de cores em um iPhone, algo perceptível já desde o primeiro uso, quando os ícones parecem até 3D. Mesmo os vídeos não fazem justiça à qualidade desse display; então, se você quer entender realmente o motivo dos elogios a tal componente, eu faço uma recomendação: experimente usar um iPhone X.

Assim como outros aparelhos da marca, o display aqui também tem a tecnologia True Tone, que adapta as cores e o brilho ao ambiente. Agora, no quesito luminosidade, o iPhone X pode não surpreender os consumidores que já têm um Galaxy ou um Motorola com AMOLED, mas ele ainda entrega um brilho equilibrado, o que garante boa percepção de todas as cores na tela.
É claro que, com as mudanças substanciais no tamanho da tela, a Apple também foi obrigada a realizar alterações nas dimensões da tela. Com a tela mais comprida, a proporção mudou para 19,5:9, o que pode ser um probleminha em alguns casos, pois certos vídeos e jogos podem não se adaptar totalmente ao espaço disponível do display.


Câmeras
Quando o assunto é fotografia, ninguém tem coragem de criticar as câmeras do iPhone, pois ele sempre foi referência nesse segmento. Isso é algo que não mudou no iPhone X, ainda mais levando em conta que a Apple buscava entregar o iPhone perfeito aos seus consumidores nessa edição.
É claro que a resolução das câmeras é importante, mas os números nem sempre significam muita coisa, ainda mais quando a gente fala de Apple. No caso do iPhone X, o sensor de 12 megapixels pode parecer pouco para quem tem smartphones com 16 MP ou mais, porém o tamanho avantajado do sensor é o que deixa as fotos incríveis.

As duas lentes na parte de trás trabalham em conjunto em várias situações para criar composições muito mais belas. A grande angular com abertura em f/1.8 é ideal para maioria dos cenários e faz fotos muito claras. A teleobjetiva com abertura em f/2.4 também é muito bem-vinda, já que ajuda no zoom óptico e nas imagens com fundo desfocado.
Aliás, falando em foco, tudo aqui é muito rápido, graças ao processador. Basta um clique na tela para que o iPhone X ajuste a imagem em questão de milissegundos. Parte do segredo das boas fotos também está no sensor de profundidade e no mapeamento facial, que ajudam a criar fotos com desfoque ou simulando que você está em um estúdio. Resumindo, ideal para os viciados em selfies.

iOS 11
É claro que um novo iPhone com novas dimensões e novas interações necessita de um novo iOS. Assim, a Apple redesenhou parte do sistema para incluir novos recursos que possibilitem uma experiência prazerosa com o iPhone X. É verdade, sim, que o iOS 11 mudou um tanto para se adaptar ao iPhone que não tem botões, mas tudo parece ainda mais fácil e prático.

Primeiro, vale notar que este é mais ou menos o iOS que você já conhece dos atuais aparelhos, mas ele tem alguns truques pontuais  e novos  que garantem uma navegação rápida e muito rica em detalhes. O novo iOS se adapta à telona do iPhone X, distribuindo os ícones de forma inteligente e aproveitando os cantos arredondados para tarefas específicas.
A central de controle fica no canto superior direito, enquanto as notificações podem ser acessadas à esquerda. Na tela inicial, esses espaços são aproveitados para mostrar o relógio e os dados de conexão, WiFi e outros tantos. Nos vídeos e jogos, esse espaço pode ser aproveitado para exibir parte do conteúdo.

FaceID
Agora, tirando as pequenas adaptações, a grande novidade do iOS 11 para o iPhone X é o Face ID, que muda a forma de login e interação. Como o aparelho não tem sensor biométrico, o reconhecimento do usuário é feito pela câmera frontal. O iPhone X cadastra seu rosto rapidinho e faz o desbloqueio da tela em apenas 1 ou 2 segundos.
Já há relatos de pessoas que conseguiram burlar o Face ID de algumas formas, mas nós ficamos bastante satisfeitos com a performance e a inteligência dessa ferramenta. Ela funciona em qualquer ambiente, sendo possível efetuar o desbloqueio até em ambientes escuros. Além disso, não importa muito se você usa óculos ou está com um penteado diferente, porque ela é bem espertinha.



Desempenho Biônico!
Como todo celular top de linha, o iPhone X tem desempenho que não deixa a desejar em nenhuma situação. Quem já usou iPhone sabe que essa sempre é uma das prioridades da Apple. Ainda que a marca nem sempre obtenha as pontuações mais elevadas em todos os benchmarks, ela sempre capricha para entregar uma performance incrível no sistema e nos apps.

Para levar inovação ao consumidor que busca sempre o melhor, a Apple desenvolveu um novo processador para este celular. O novo iPhone tem um chipset inédito, vem com chip gráfico desenvolvido pela própria Apple. O Apple A11 Bionic conta com um processador de seis núcleos, que rodam a 2,39 GHz. Na prática, isso significa desempenho top para qualquer situação.
Ele tem 4,3 bilhões de transistores, e é claro que todos os núcleos são mais rápidos do que os do Apple A10 Fusion. Agora, incríveis mesmo são os bons resultados dos benchmarks. Tudo bem, novamente vale reforçar que ele pode não ser o campeão em todos os casos, mas os números mostram que ele está preparado para qualquer parada e não vai deixar você na mão na hora dos joguinhos.
Por fim, para acompanhar o processador, a Apple incluiu 3 GB de memória RAM, que dão conta tranquilo do multitasking. Na parte de armazenamento, temos versões de 64 GB e 256 GB. Então, quanto ao desempenho, fica bem claro que o novo iPhone é um monstro!

Bateria
Em questão de energia, o iPhone X pode não surpreender pela capacidade da bateria, que é de apenas 2.716 mAh (sim, bem menos do que você já deve ter visto em aparelhos concorrentes), mas não se deixe enganar pois ela é muito bem utilizada e tem autonomia elevada.
Mesmo com capacidade menor que a do iPhone 7 Plus, ela pode durar quase o dia todo. É claro que isso sempre depende do seu modo de uso, mas, para reprodução de vídeos com WiFi, ela pode durar quase 10 horas. Como isso é possível? Bom, o novo processador economiza um bocado de energia.
Além disso, temos a questão da nova tela. Apesar de ser maior em suas dimensões e ter resolução elevada, o que significa maior consumo de energia em alguns casos, a tecnologia OLED ajuda muito a economizar recursos em outras situações.
Se você vê muitos vídeos no YouTube, as barras laterais encolhem o tamanho de reprodução, economizando alguma bateria. Fora isso, essa tela pode apagar totalmente os pixels na cor preta, o que também resulta em uma autonomia maior. Outra novidade é que o iPhone X é compatível com carregador sem fio.

Som estéreo de ótima qualidade
Para finalizar, ainda temos um som poderoso no iPhone X. É claro que o áudio tem um papel muito importante na hora dos jogos e filmes, então, sabendo disso, a Apple desenvolveu um sistema de som imersivo, que deixa o som quase 3D. Ele realmente tem graves e faz você entrar de cabeça nos jogos e filmes.

Preço
Agora, temos a má notícia, que você certamente já estava esperando receber ao longo do texto. É claro que um iPhone só pode ser vendido pelo preço de iPhone, então se você está interessado em comprar, já pode se preparar para investir R$ 7 mil na versão de 64 GB ou R$ 7,8 mil na versão de 256 GB.
Se vale a pena? Não, não vale a pena. Nenhum celular no mundo vale esse preço, e a Apple exagerou bastante no preço aqui no Brasil. Lá fora, o iPhone X custa US$ 1 mil, que já é bem elevado até para os consumidores norte-americanos. Pensando logicamente, o ideal seria um preço camarada próximo dos R$ 4 mil, porém dificilmente veremos ajustes nesse valor.

Fonte: TecMundo

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